quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

VACINAÇÃO DE CÃES E GATOS

1-Introdução

Antes de nascer, os fetos estão protegidos contra os patógenos por barreiras físicas, fisiológicas e imunológicas, dentro do ambiente estéril do útero da mãe. Ao nascer, são subitamente expostos a uma grande variedade de patógenos potencialmente invasivos, mas ainda estão de certa forma protegidos, através dos anticorpos que recebem da mãe pelo colostro, o que torna os neonatos imunocompetentes.

Conforme vão se desenvolvendo, os filhotes perdem esta imunidade neonatal, mas passam a produzir seus próprios anticorpos, de acordo com os antígenos com que entram em contato. É nesta hora que passa a ser importante o início do programa de vacinação.

É importante a administração correta destas vacinas, seu armazenamento e o manejo dos animais, pois não deve-se administrar vacinas em animais doentes, com vermes, mal alimentados, pois não irão surtir o efeito desejável, ou seja, não irão estimular o sistema imune do animal a produzir anticorpos. Outra observação importante é a não administração das vacinas em animais que estejam sob imunidade passiva, ou seja, que estejam em fase inicial de amamentação ou tenham recebido soro “anti” o microrganismo que está sendo administrado com a vacina, pois anularia o efeito desta.

2- Imunocompetência Neonatal

A placenta de cadelas é do tipo endoteliocorial, o que não permite grande transferência de anticorpos para o filhote. Através da placenta, o feto recebe apenas de 5 a 10% dos anticorpos necessários a sua imunocompetência. Com o nascimento, através do colostro, recebe os outros 90 a 95% dos anticorpos. Através da placenta, o filhote recebe IgG (é a única que consegue ultrapassar a barreira placentária), mas por estar em pouca quantidade, não fornece imunidade significativa. Através do colostro é que o filhote recebe imunoproteção verdadeira. O colostro é rico em IgG (são as imunoglobulinas de resposta secundária, ou seja, são os anticorpos específicos já formados contra certas doenças) e também possui pequena quantidade de IgA (imunoglobulinas de ação local, nas mucosas), macrófagos e linfócitos. O título de anticorpos da mãe será semelhante ao dos filhotes, pois o que ela tiver será transmitido.

Estes anticorpos recebidos pelo leite chegam ao intestino do filhote, onde são absorvidos e penetram no sistema circulatório. A IgG alcança níveis séricos máximos após 12 a 24h após o parto. Essa absorção intestinal está relacionada a receptores específicos, presentes na superfície das células epiteliais intestinais. Essa transferência (absorção) diminui à medida que estas células epiteliais vão sendo substituídas por outras que não possuem esses receptores. Com isso, o nível das moléculas de anticorpos provindas da mãe começa a declinar, através de processos catabólicos normais.
Geralmente, em condições normais, quando a taxa de anticorpos maternos começa a declinar, já começa a aumentar a taxa de anticorpos produzida pelo próprio filhote, ou seja, ele não chega a ficar imuno-incompetente.

Alguns fatores podem interferir no processo de imunocompetência do neonato:
Precocidade da mamada – as primeiras mamadas são as mais importantes, pois é quando o colostro está concentrado, repleto de imunoglobulinas. Se o filhote não mamar este colostro, não recebe uma boa quantidade de Igs e fica vulnerável.

Número de filhotes da ninhada – se forem muitos filhotes, alguns irão mamar menos colostro, ficando mais vulneráveis que os outros, enquanto outros irão ingerir mais colostro que o normal, adquirindo uma super-imunidade (ficarão imunes por um período mais prolongado).

Permeabilidade intestinal – a absorção dos anticorpos no intestino é muito importante. Alguma alteração intestinal que não permita essa absorção deixa o filhote vulnerável a ação dos patógenos.

Grau de contaminação por microrganismos – se o local onde os filhotes estiverem for de pouco asseio, pode ocorrer super-contaminação e os anticorpos não darão conta de proteger o filhote.

Os anticorpos da mãe produzem dois efeitos significativos: protegem o filhote contra patógenos (permitindo que o sistema imune do filhote alcance plena maturidade antes de se confrontar com patógenos invasores), mas também inibem o desenvolvimento das respostas imunes do próprio filhote, pois combatem os invasores antes mesmo de o sistema imune do filhote desenvolver suas próprias defesas (o nível de Igs no organismo é controlado por um mecanismo de feedback, no qual as células B não produzem mais anticorpos do que o necessário, ou seja, se há um número compatível com o normal de Igs circulantes, não há necessidade de produzir mais).

O período crítico para o filhote ocorre entre a 12ª e 15ª semanas de vida (em torno de três meses de idade), quando os títulos de anticorpos maternos estão muito reduzidos, mas o filhote ainda não está produzindo suas próprias Igs. Nesta fase, os anticorpos da mãe, ainda existentes, inutilizam os antígenos vacinais, impedindo a estimulação eficaz do seu próprio sistema imune. Ao mesmo tempo, não há anticorpos suficientes para proteger o filhote de uma infecção real. Por isso, nesta fase, diz-se que o filhote é susceptível a infecção e refratário à imunização.

3- Evolução das Vacinas
Características para que a vacina seja eficaz:
Segura – não pode induzir a doença ou causar a morte;
Protetora – deve proteger contra a doença, expondo o indivíduo ao patógeno (induzindo a formação de anticorpos);
Oferecer proteção sustentada – deve durar vários anos;
Induzir anticorpos neutralizantes – alguns patógenos infectam células que não podem ser substituídas (Ex: neurônios). Os anticorpos neutralizantes são essenciais para prevenir a infecção destas células;
Induzir células T protetoras – alguns patógenos (intracelulares) são atacados mais eficazmente com respostas mediadas por células;
Considerações práticas – baixo custo por dose, estabilidade biológica, facilidade de administração, poucos efeitos colaterais.

Existem vacinas inativadas e vacinas vivas atenuadas. Os vírus vivos (atenuados ou em bactérias vivas), induzem por si mesmos a resposta imune. Os vírus inativos precisam ser aplicados com adjuvantes, que auxiliam a produção da resposta imune As vacinas de vírus vivo são mais eficazes, pois conseguem anular a interferência dos anticorpos da mãe. Neste caso, não é necessária a revacinação. São as vacinas de dose única. Atualmente já dispomos de vacinas recombinantes, que utilizam uma tecnologia nova na produção de imunizantes.

As primeiras vacinas desenvolvidas foram as vacinas vivas, mas eram pouco seguras. A evolução surgiu com a criação das vacinas inativadas, mas que infelizmente não eram sempre eficazes para todas as doenças e muitas vezes precisavam de adjuvantes para ter suas respostas potencializadas. Depois vieram as vacinas vivas atenuadas, mais eficientes do que as primeiras, porém ainda com a possibilidade de reversão à virulência.

Finalmente descobriu-se a tecnologia recombinante, que soma a segurança das vacinas inativadas com a proteção das vacinas atenuadas. Para chegar a esta técnica, foi essencial o avanço das pesquisas genéticas. A vacina recombinante consegue eliminar os patógenos de alto risco das vacinas através da utilização de um “mensageiro vivo”, geralmente outro vírus totalmente seguro, do ponto de vista epidemiológico, para levar o estímulo protetor (os genes que determinam as estruturas antigênicas importantes). Dessa forma consegue-se desenvolver uma proteção igual ou ainda superior nos animais e com muito mais segurança.


4- Programa de vacinação
Para que uma vacina seja eficaz, é necessário que tenha passagens adequadas e massa antigênica adequada. No mercado encontramos vacinas individuais e associadas, com mais de um tipo de vírus na mesma vacina:
Raiva.
Parvovírus + coronavírus.
Cinomose + adenovírus tipo 2 (hepatite e laringotraqueíte) + parvovírus + coronavírus + parainfluenza + leptospirose (dois tipos – duas cepas): é a óctupla.
Adenovírus tipo 2 + parainfluenza + Bordetella bronchiseptica: dose única, uma vez ao ano.
Leptospirose
Tétano: mais usada em animais que convivem em ambiente rural.

O programa de vacinação em cães geralmente se inicia na 6ª ou 8ª semana de vida e é repetido com intervalos de 21 a 30 dias até o 4º mês de vida. Animais que são levados a exposições ou animais de canis devem iniciar o programa mais cedo, na 6ª semana (45 dias). O início precoce também deve ocorrer para filhotes que não mamaram colostro, filhotes de mãe não vacinada e filhotes que estão em ambiente contaminado.

A primeira dose de vacina em cães geralmente é dada com 60 dias, com exceção da anti-rábica que só é dada após 4 meses. Como não se sabe se o filhote respondeu a vacinação de forma adequada, por conta da inutilização dos antígenos vacinais pelos anticorpos da mãe, se faz necessária uma revacinação dos filhotes. Caso não se tenha vacinado o filhote antes deste completar 15 semanas de vida, não é necessário proceder a revacinação. Mas não se deve deixar o filhote sem ser vacinado.

A revacinação até os 4 meses de vida, com intervalos de 3 a 4 semanas, é importante para garantir que o filhote desenvolva imunização ativa, ou seja, que passe a produzir seus próprios anticorpos contra as doenças as quais foi exposto pelos antígenos vacinais. A primeira dose de vacina que o filhote recebe, produz uma baixa qualidade de resposta e é uma resposta de curta duração. Isso porque ainda possui os anticorpos da mãe, que inutiliza a maioria dos antígenos vacinais recebidos. Com a revacinação, o filhote vai produzindo respostas mais efetivas e se tornando imunizado contra as doenças à que está sendo vacinado.

Após a vacinação para cinomose, o filhote começa a liberar anticorpos com 4 a 8 dias. Contra parvovirose, a liberação de anticorpos se inicia após 6 a 9 dias da vacinação.

Em locais infestados por ratos, deve-se vacinar o animal contra leptospirose de 6 em 6 meses. Como na óctupla há antígeno vacinal de leptospirose, usa-se esta anualmente e com 6 meses vacina-se apenas contra leptospirose.

Alguns indivíduos apresentam reação vacinal. Está relacionada a sensibilidade individual e possui incidência de 0,001%. Geralmente os sintomas desaparecem em 24h. Os sintomas são: nódulos no local da aplicação (causado pelos adjuvantes das vacinas inativadas), erupções, febre, edema facial, vômito e diarréia. Faz-se tratamento de suporte, sintomático. Só se deve entrar com antitérmicos se a febre perdurar por mais de dois dias. Em casos muito raros pode ocorrer choque anafilático. Neste caso entra-se com adrenalina (0,5/1ml, IV ou IM). Se perdurar, usar (após 30 minutos) corticosteróide (prednisolona: 50 à 200mg, IV ou IM).

É necessário proceder o controle de endo e ectoparasitos e cuidar da higiene e da nutrição dos animais, para mantê-los sempre saudáveis, evitando uma imunodepressão.

Antes do acasalamento deve-se proceder a vacinação e a vermifugação da fêmea. Não se deve vacinar a fêmea durante a gestação. Se a vacina for vencer durante o período de gestação, antecipe e vacine-a antes da cobrição.

A vermifugação deve ser repetida uma semana antes do parto, com febendazole, pois ele reduz a transmissão placentária e transmamária, é ovicida, larvicida e adulticida. Quando o filhote estiver com 3 semanas, vermífuga-los e repetir a vermifugação da mãe.

4.1- Vacinas:
- Cinomose: As vacinas contra cinomose apresentam de forma geral boa imunidade, no entanto vacinas produzidas a partir de células de cães podem provocar encefalites 10 a 12 dias após a aplicação do produto.

A duração da imunidade é geralmente longa, podendo durar de 02 a 06 anos.
Na Europa e EUA já se recomenda a vacinação a cada 03 ou 05 anos. Esta prática têm levado à surtos de cinomose, pois as pessoas simplesmente esquecem de vacinar o animal. No Brasil, esta recomendação seria perigosa, pois aqui os casos de cinomose são freqüentes.

- Parvovirose: As vacinas modernas são eficazes e seguras, porém várias vacinas comerciais que apresentam proteção no lançamento, perderam eficácia após alguns meses.

- Coronavirose: A vacina contra coronavirose ainda gera muitas controvérsias. A maioria dos pesquisadores consideram esta uma vacina dispensável, pois a doença apresenta sintomas relativamente brandos.

- Bordetella bronchiseptica (Traqueobronquite infecciosa): A imunidade local com produção de IgA é considerada mais importante para proteção efetiva contra a tosse dos canis, sendo assim, existem algumas vacinas de aplicação intranasal, onde há estímulo local para a produção de altos níveis de IgA.
Quando este tipo de vacina é aplicado, há uma multiplicação local de B. bronchiseptica e dos vírus (Parainfluenza e Adenovírus) na mucosa nasal, conferindo resposta imune em torno de dois ou três dias, já as vacinas parenterais inativadas geralmente necessitam de duas doses para determinar alguma secreção de IgA. A Traqueobronquite infecciosa é um problema freqüente nos canis ou em qualquer outra situação onde houver maior número de animais, como nos hotéis para cães e exposições.

- Hepatite infecciosa canina: A vacina com adenovírus do tipo 1, contra hepatite canina, causava ceratite azul (blue eyes – uveite). Por isso passou-se a usar o tipo 2, que além de imunizar contra hepatite, imuniza contra laringotraqueíte.

- Leptospirose: Esta vacina precisa ser melhor estudada. Ela é a maior responsável por reações vacinais, sua eficácia é limitada, sendo hoje recomendada em áreas de risco a cada 06 meses.
Em Nova Iorque, nos EUA, os sorovares pomona e grippotyphosa são os mais comuns e os sorovares canícola e Icterohaemorraghiae são raros. No México existem de 08 à 10 sorovares usados para cães. No Brasil ainda persiste a dúvida de quais sorovares são mais comuns. Geralmente as vacinas utilizadas no Brasil contém o sorovares canícola e Icterohaemorraghiae.

- Raiva: A vacina usada em animais pode ser feita com vírus atenuados, vírus vivos modificados ou vírus inativados de cultura de células. As vacinas mais indicadas para cães são de vírus inativados, pois são mais seguras.

5- Falhas na vacinação
Podem ser causadas por administração incorreta: uso de via errada (vacinas contra bactérias entéricas precisam ser administradas por via oral); morte de bactérias vivas (por falta de refrigeração); administração em animais passivamente protegidos (em amamentação – recebem anticorpos através do leite materno).
Podem ser causadas em administração correta, mas com outros problemas: O animal pode não responder a vacina – pode estar imunossuprimido; pode ter sido administrada antes da imunização passiva; por variação biológica (cada indivíduo responde de um jeito); a vacina pode ser inadequada.
Mesmo que o animal seja respondedor – a vacina pode ter sido dada tardiamente (o animal já estava infectado); a cepa ou o organismo errado estava sendo utilizado; antígenos não protetores utilizados (não produzindo anticorpos).

6- Reações das vacinas
Erros – erro na fabricação (contaminação), erro na administração, toxicidade anormal, virulência residual – causam imunossupressão, doença clínica e morte fetal.

Toxicidade “normal” – febre, mal estar, inflamação, dor. Podem ocorrer normalmente após a administração da vacina.

Resposta inapropriada – hipersensibilidade tipo I (local ou anafilática), tipo II (pode causar anemia), tipo IV (formação de granuloma); reações neurológicas (neurite, encefalite); reações estranhas ao corpo (fibrossarcoma).


7- Conclusão

É importante associar um bom programa de vacinação a um programa de vermifugação, manejo e nutrição adequados. A manutenção da saúde dos animais influi na eficácia das vacinas.

Quanto ao armazenamento, manipulação e administração das vacinas, devem ser seguidas à risca as instruções do fabricante para não prejudicar a eficácia das mesmas.

Mesmo com todo o cuidado e procedendo a vacinação corretamente, alguns animais não respondem de forma adequada e o proprietário deve ser informado deste risco.

As vacinas modernas são eficazes e seguras. Porém, no Brasil a falta de vacinação, o uso de vacinas não testadas, o uso inadequado das vacinas e a aplicação por leigos têm comprometido o esforço para reduzir o número de cães doentes no ambiente.

Existe muito campo para pesquisas e o clínico deve exigir dos fabricantes trabalhos técnicos e bulas com melhores informações.

PESQUISA SOBRE ALIMENTAÇÃO DE CÃES E GATOS

CONHECIMENTOS BÁSICOS PARA A NUTRIÇÃO DE CÃES E GATOS
Prof. Roberto de Andrade Bordin – DMV, M.Sc.
Setor de Nutrição e Metabolismo Animal – Medicina Veterinária
Universidade Anhembi Morumbi – São Paulo, Brasil.
1. Características gerais:
Com a maior domesticação de cães e gatos nos últimos anos, tornou-se
evidente relacionar as relações homem – animal de uma forma mais harmoniosa,
tanto para os conceitos de afeto e estima, quanto para os assuntos ligados à
saúde. O desenvolvimento equilibrado destes animais pode ser explicado por
multifatores, porém o fator que mais condiciona este desempenho e o fator
nutrição. Adequar o manejo alimentar de cães gatos pode colaborar com um pleno
conceito de saúde e bem estar. Muitos estudos estão sendo feitos no intuito de
melhorar o fornecimento de alimentos, bem como a digestibilidade e
aproveitamento metabólico dos nutrientes.
Relacionar a ciência nutricional com os processos de saúde e bem estar
aos animais se encaixa de maneira efetiva no atual conceito de “estimação”
aplicado pela sociedade contemporânea aos cães e gatos.
Neste módulo abordaremos de maneira objetiva os principais conceitos
relacionados à nutrição destes animais.
2. Elementos nutricionais:
Fornecer alimentos de maneira equilibrada e completa em sua fórmula e
estabelecer um plano de fornecimento (manejo alimentar) é à base da nutrição
animal. A constituição alimentar e energética das dietas apresenta uma inter
relação entre os nutrientes, esta relação envolve conceitos de formulação,
digestão, absorção e utilização nutricional no momento de dimensionar estas
rações.
O valor energético dos alimentos, ou melhor, das rações, é o ponto chave
para o consumo alimentar pelos animais. A energia, necessária para o
metabolismo geral, manutenção e regulação térmica, é fornecida de maneira direta
via alimentos ingeridos pelos cães e gatos. Várias teorias explicam este consumo,
sendo a necessidade de energia o principal nutriente requerido por estes animais.
Vale salientar que quimicamente “o produto da oxidação dos nutrientes se
classifica como energia”, e que de forma geral pode ser denominada, a ENERGIA,
de nutriente.
De maneira geral o consumo de energia tem como resultado suprir as
necessidades animais diárias, porém o consumo em excesso associado a relações
metabólicas de equilíbrio energético positivo, pode levar tanto cães como gatos ao
sobre peso e até mesmo, em intensidade maior, a obesidade.
Para se determinar o consumo de um determinado tipo de ração é
necessário conhecer a necessidade de energia por um período de um dia
(kcal/dia), bem com a constituição energética deste alimento por um quilo deste
(kcal/kg). Tendo noção desta relação se determina a quantidade de alimento que
um cão, por exemplo, necessita por dia.
Outro elemento importante para nutrição de cães e gatos é a água. As
fontes de água para estes animais são: água de bebida, água dos alimentos e de
uma maneira geral, água metabólica; sendo esta última obtida via quebra alimentar
e fonte orgânica animal. O fornecimento adequado da quantidade e qualidade
desta pode favorecer a maioria dos processos metabólicos existentes.
3. Nutrientes e Metabolismo:
Os macronutrientes, formadores de energia para o organismo animal, são:
Carboidratos, Lipídios e Proteínas. Vitaminas e minerais podem ser considerados
como nutrientes, porém participam do processo de formação da energia
metabólica animal contida nos macronutrientes.
O fornecimento de energia via Hidratos de carbono, se caracteriza como de
fácil e rápida determinação, porém relacionar o equilíbrio desta fonte energética no
contexto da densidade energética do alimento favorece toda relação nutricional e
endócrina (pâncreas) desta dieta.
Seguindo o mesmo raciocínio, proteínas como estruturas plásticas e
energéticas e gorduras como fontes absolutas e concentradas de energia,
possibilitam o melhor equilíbrio das rações para animais de estimação.
Ensaios metabólicos, bem como equações de predição de energia para os
alimentos ou mesmo para rações, são fatores que auxiliam para um adequado
entendimento das dietas e do manejo alimentar animal.
Tanto o metabolismo animal bem como os alimentos são fornecedores de
vitaminas e minerais. Em uma fórmula nutricional o fornecimento destes
elementos, após o máximo de tentativas em equilibrar esta fórmula via
macroingredientes, pode ser recomendado o complemento via “premix” para
finalizar esta fórmula.
O processo nutricional, relacionado ao metabolismo, começa com situações
mastigatórias, conceitos digestórios e mecanismos absortivos. Na seqüência
encontramos os conceitos de utilização de nutrientes, estes envolvem rotas
metabólicas e necessidades nutricionais. Situações anabólicas e catabólicas
compõem o metabolismo animal.
4. Rações e alimentos – classificação geral:
Entre os maiores produtores de alimentos para cães e gatos do mundo, o
Brasil, apresenta grande competição entre as indústrias produtoras de rações. A
relação indústria – consumidor é intensa, tanto para qualidade e preço como para
interpretação visual e técnica destas dietas. Um dos pontos importantes desta
relação é a classificação dos alimentos por qualidade. Dimensionada pela
indústria, esta classificação se torna habitual no momento da compra e pelos
consumidores. Esta classificação se resume por faixas ou segmentos:
· Econômico
· Padrão
· Premium
· Super Premium
Esta classificação subjetiva pode ser determinada com as seguintes
características:
Fonte: CASE, (1995).


No Brasil esta segmentação pode se resumir no mercado por:
· Alimentos econômicos: 55% do mercado;
· Alimentos padrão: 23% do mercado;
· Alimentos Premium: 20% do mercado;
· Alimentos super Premium: 2% do mercado total de alimentos

APOSTILA DE ADESTRAMENTO BÁSICO

1-Jardim de infância.
Idade: à partir do nascimento.

Este conjunto de treinos ocorre na fase mais importante para o cão se tornar equilibrado, obediente e bem educado.
Socialização: a fase ótima da socialização de cães ocorre entre a 8 a 12semana de vida e pode se estender até a 16 semana. É ideal expor com cautela o cão a estímulos variados, para ele encarar com naturalidade diferentes situações. Faz parte do treino o contato com ruídos, como o de aspirador, liqüidificador, moto e buzinas; com odores diversificados, como o de feira livre; com diferentes animais e pessoas de raças e idades variadas, inclusive aglomeradas em locais movimentados ( na rua leve o cãozinho no colo – ele estará ainda em fase de vacinação, com pouca imunidade). O dono é treinado a tranqüilizar e a encorajar o cão sempre que ele reagir com timidez ou com atitudes hostis, para estimulá-los a se comportar com naturalidade.
Habituação: acostuma-se o filhote a ficar com coleira no pescoço; a ser atrelado com a guia; a ser manuseado, examinado, escovado e banhado, inclusive por pessoas estranhas; a ser transportado em veículos e a ficar em caixa de transporte.
Bons modos: quando faz algo errado, o filhote é interrompido. Usa-se o “não!”, dito com voz grave (grossa) para o cão compreender o significado repreensivo. Se ele obedecer, é recompensado com carinhos ou petiscos. Caso contrário, usa-se distração para provocar a interrupção da ação indesejada. Por exemplo, segura-se o cãozinho pela coleira e dá-se uma leve sacudida. A técnica pode ser usada com o cão que rói objetos, cava, rouba alimento, é agressivo, late sem motivo, persegue passantes e veículos, pula em pessoas, entre tantas possibilidades.
Boas atitudes: estimulam-se, com carinhos, os comportamentos espontâneos do cão quando fortalecem a ligação com o dono. Um deles é o cão se aproximar sem ser chamado, outro é andar ao lado do dono por iniciativa própria. O ideal é fazer os carinhos de reforço sobre a cabeça e a nuca do cão. Na linguagem canina, aceitar ficar por baixo reforça a idéia da submissão do exemplar. Se o cão for de guarda, festeja-se sempre que ele inspecionar por conta própria um estranho que se aproxima. Estímulos desse tipo contribuirão para a obediência e o bom desempenho do cão em futuros treinos.

2-Obediência Básica
idade: a partir da vacinação completa.

De grande importância, esse treino ajuda o dono a se impor na escala hierárquica e a ter comando sobre o cão, o que é fundamental para o bom convívio e para os demais adestramentos. O treino é feito com o cão na guia. O dono deve ser obedecido nos seguites comandos:
1.“senta!”
2.“deita!”(deitar sobre o ventre)
3.“fica!”(ficar deitado a uma certa distancia do condutor)
4.“junto!”( andar ao lado do condutor sem puxar a guia)
5.“sentado!”( da posição de “deita” voltar a posição de “senta”)




3. Obediência Avançada
idade: após a obediência básica estar completa.

Treinam-se os mesmos comandos da Obediência Básica, mas com o cão solto, sem guia. É introduzido ainda o comando.
1.“Em frente!”( o cão se afasta do condutor).

4.Agility
idade: a partir de 6 meses

Cumplicidade, obediência e disposição física são os benefícios do agility, tanto para o cão como para o dono, que competem lado a lado. O cão passa por um conjunto de obstáculos no menor tempo possível, mas a seqüência é indicada pelo dono com base no que foi determinado pelo árbitro pouco antes da entrada na pista.

5.Anti-envenenamento
idade: a partir do desmame

Acostuma-se o cão a só aceitar alimento dado em determinado local. Com isso evita-se que seja envenado por alimentos e petiscos oferecidos por estranhos. É um treino difícil e demorado, que exige exercícios de manutenção e um dia-dia muito metódico, sem jamais dar comida fora do local determinado ou por pessoas estranhas. A partir dos 10 meses pode-se iniciar o treino com alimentos que dão choquinhos quando abocanhados fora do local permitido, se o cão não tiver mal cardíaco.

6.Treino de Guarda
idade: a partir de 10 meses

Obtém-se controle sobre o cão a ponto de interromper um ataque. Atenção: se o cão não tiver temperamento equilibrado ou não for treinado corretamente , há risco dele desenvolver gosto por atacar. Os comandos usados são:
1.”Pega!”: (treino feito com um figurante com manga de proteção para não ser machucado pelas mordidas);
2.”Larga!”:(o cão deixa de morder prontamente após receber o comando);
3.”Vigia”( não se intimidar diante de invasores armados ou ameaçadores);
7: Não Ter medo de tiros.





5. Guarda-Costas

Nesse treino o cão e moldado a trabalhar sua guarda especificamente no dia-a-dia do proprietário para casos específicos como treino anti-sequestro , guarda de empresas, etc.




O que molda o comportamento dos cães
Diversos fatores podem influenciar o modo como um cão age.
Saiba quais são.

Raça ou criação?
A pergunta que mais ouço é: A raça ou o modo de criá-lo? A resposta quase sempre frustra porque não é simples. As pessoas gostariam que fosse simples e, de preferencia que confirmasse o que pensam. Mas a tentativa de simplificá-lo demais pode resultar em preconceitos relacionados com o comportamento das pessoas ou das raças de cães.

Tipos de temperamento
O maior estudo que conheço sobre classificação de cães por tipos de temperamento levou em consideraçao mais de 15.000 exemplares. Foram determinadas as seguintes classes: brincalhões, curiosos ou medrosos, interessados em perseguir coisas, sociáveis e agressivos. De acordo com as classes de temperamento nas quais o cão se enquadra, é possível saber como ele se comportará diante de estímulos. Por exemplo, um cão brincalhão e medroso brincará quando estiver em lugar conhecido, mas ficará acuado em ambiente desconhecido.

Efeitos da raça
Na média, cães de raças diferentes podem ter comportamentos distintos. Muitos mais Labradores correm atrás de bolinhas do que Akitas. Por que? Porque, na média, correr atrás de objetos é mais típico do temperamento dos Labradores. Goldens Retrievers costumam ser mais sociáveis que Rottweilers. Portanto a raça á qual o cão pertence pode ter sim, influencia no comportamento. Mas há exceções. Sempre que definimos o temperamento de uma raça, devemos ter em mente que é na média. Em nenhuma raça todos os indivíduos tem o mesmo temperamento. Rottweilers mansos e Goldens Retrievers agressivos não são tão raros quanto se costuma imaginar.

Educação e ambiente
Não devemos subestimar o poder do ambiente sobre o comportamento dos animais. Um cão pode aprender a controlar o temperamento agressivo ao receber educação. O exemplar de temperamento medroso pode deixar de temer gente se tiver contato com muitas pessoas de maneira correta e se as associar a coisas boas. É possível mudar com facilidade alguns comportamentos pela educação, mas outros são dificílimos de alterar. Transformar em corajoso um cão com temperamento medroso, quando possível, exige muito trabalho.
Quanto antes se percebe como é o temperamento de um cão, tanto maiores as chances de controlar sua influencia sobre o comportamento dele. Essa avaliação, em conjunto com a adoção de um programa específico de adestramento, pode ajudar a evitar problemas futuros para o cão e para família.





Motivando o cão a obedecer

É muito mais prazeroso ensinar um aluno motivado. Ele nos olha com atenção, procura fazer a parte dele da maneira correta e não desanima nem desiste facilmente. Também é gostoso ver alguém desenvolver uma atividade com perfeição e prazer. Por causa da enorme contribuição da motivação para o aprendizado e para a sua retenção, existem diversas técnicas para empresários, filhos ou alunos, por exemplo. Mas, até onde eu sei, não há nada específico sobre como motivar cães a gostar de aprender e a sentir prazer em ser obedientes. Neste texto, procuro transmitir os conhecimentos mais importantes que acumulei a partir de muitos erros e acertos e de bastante estudo sobre comportamento


Repetir o que é bom, evitar o que é ruim
Partiremos do princípio que o cão procura fazer o que lhe traz prazer e evitar o que é incomodo para ele. Assim, quando ele obedece é porque quer ganhar algo que deseja, como atenção, carinho ou petiscos por exemplo. Sempre há um interesse envolvido, e isso é normal e natural! Sem a expectativa de troca, seja para evitar algo ruim, seja para ganhar algo gostoso o cão não se sentirá motivado a obedecer. Ele pode, portanto, obedecer o comando “senta” para ganhar carinho, petisco ou para evitar o desconforto de ter alguém pressionando a traseira dele ou apertando seu pescoço com a guia.Prazer ou desconforto
Quando causamos uma sensação desagradável no cão, para força-lo a nos obedecer, associamos um sentimento de desconforto a tudo que ele está percebendo. Com isso, o cão pode deixar de gostar do local onde é treinado, da coleira que usa e até da pessoa que o treina. Mesmo que o forçamento seja funcional, para motivar o cão a obedecer, não o é para ensiná-lo a gostar de aprender, gostar de quem o treina e do local onde isso acontece.

Voz mais aguda, cão mais feliz
Está comprovado cientificamente que as vozes mais aguda são as que surtem melhor resultado quando se elogia um cão. Portanto, machões deixem de frescura e comecem a dizer palavras de estímulo aos seus cães da maneira que eles mais gostam! A dica é experimentar falar com eles de diversos modos, para ver com qual voz parecem mais felizes e animados.

Postura importa
É preciso diferenciar o horário em que seu cão precisa te obedecer do horário em que ele está de folga, evite pedir-lhe comandos de adestramentos em horários em que não necessitam ser feitos, já quando estiver passeando com ele seja firme a cada pedido de comando, fazendo isso ele aprenderá naturalmente a separar o horário de folga e o de trabalho.



Não parecer disputa de poder
Um cão pode recusar obediência até mesmo quando o prato dele, cheio de comida, estiver nas mãos do dono. Se isso acontecer, não deverá ser forçado a obedecer e nem deverá levar bronca. A pessoa simplesmente irá embora, sem demonstrar chateação nem irritação, depois de ter deixado o prato em cima de um lugar fora do alcance do cão. Uma nova chance será dada depois de algum tempo, que pode ser de até poucos minutos. Assim, ele associará a obediência com a oportunidade de obter o que deseja, em vez de associá-la a perda de poder.

Recompensas em qualquer momento e lugar
É comum ouvir a reclamação de que o cão só obedece na área onde estão guardados os seus biscoitos ou quando há algo do interesse dele na mão da pessoa que dá ordem. O truque é você faze-lo acreditar que poderá ser recompensado em qualquer lugar e a qualquer momento, mesmo quando não houver nada nas mãos. Para conseguir isto, deixe petiscos em diversos pontos da casa e esconda alguns deles no bolso. Use-os para surpreender o cão em momentos nos quais ele não espera ganhar recompensa. Em questão de dias, no máximo o seu cão estará obedecendo em qualquer ambiente.


Distúrbios comportamentais

Visando tentar ajudar na solução de alguns dos problemas que mais ocorrem com proprietários de cães, elaborei algumas dicas:

Necessidades no lugar certo

TEMOS 2 MÉTODOS, O RESULTADO DE CADA UMA DEPENDERÁ DO SEU CÃO, PORTANTO SE NÃO CONSEGUIR COM UMA TENTE COM A OUTRA, SEGUINDO a RISCA SEUS PROCEDIMENTOS. Lembrando que obtenho mais de 90% de resultados positivos utilizando-as.

O filhote costuma fazer necessidades assim que sente vontade. Nosso trabalho inicial é identificar quando isso acontece. Normalmente, o cão urina e defeca ao acordar, antes de descansar e logo depois de comer. Entre em ação nesses momentos ou quando ele der sinal de querer se aliviar ( começa a farejar, a se afastar, e rodopiar ou a abrir levemente a pata). Leve-o ao “banheiro” ( que pode ser uma folha de jornal ou o pipi dog) no colo. Enquanto ele estiver nos seus braços evitará fazer necessidades, atitude semelhante á que adota quando está na caminha ou na casinha dele.
Ponha o filhote no “banheiro” e, para mantê-lo lá, fique por perto. Assim que ele tiver se aliviado, elogie-o e recompense-o com petisco. Quanto mais necessidades ele fizer no lugar correto, menor o risco de fazê-las em local impróprio. Nas primeiras vezes não mostre o petisco antes dele se aliviar, para não desconcentrá-lo.
Se passado 2 minutos, o filhote não tiver dado mostras de querer se aliviar, leve-o para onde estava ou para outro local que não seja o “banheirinho”. Depois de algum tempo, ou quando o cão sinalizar, leve-o de volta para o lugar de fazer as necessidades. Nunca prenda o filhote sozinho no cômodo do “banheirinho”. Se ele começar a temer o local, evitará visitá-lo.


Para ensinar a fazer no jornal siga o seguinte roteiro:

1. Confine durante 15 dias o seu cachorrinho num recinto onde ele irá fazer suas necessidades, comer, dormir e brincar.

2. Forre tudo com jornal. Onde ele irá fazer? Sem opções, num jornal! Se ele começar a rasgar o jornal, umedeça-o um pouco, com um borrifador desses de molhar plantas, para eliminar aquele barulhinho gostoso do jornal rasgando.

3. Limpe e substitua o jornal sujo sempre!!! Seu cão precisa ter a sensação que suas necessidades foram absorvidas.

4. Você irá perceber que ele escolherá para dormir num cantinho o mais longe da porta, fará suas necessidades em outro cantinho o mais próximo da porta de saída e irá brincar nos outros lugares.

5. Desde que você troque o jornal, ele fará sempre no mesmo lugar. Se você não trocar jamais irá fazer suas necessidades sobre as antigas. Por ter que rodar antes de defecar, escolherá outro lugar e seu plano de condicionamento estará perdido.

6.Quando esse comportamento se tornar padrão, retire o jornal de onde ele escolheu para dormir e substitua o jornal por um paninho.

7. Ele irá dormir no paninho, comer, brincar e fazer suas necessidades no jornal, sempre no mesmo lugar, desde que você troque o jornal sujo.

8. Aos poucos, retire o jornal de onde ele escolheu para brincar e comer, até você perceber que sua mira melhorou e que consiga fazer numa só folha aberta de jornal.

9. É a hora de começar a liberar o seu cachorrinho, sempre após as refeições e após ter feito suas necessidades, em liberdade vigiada. Voltando a confiná-lo no início após 15 a 20 minutos de ter feito a refeição ou ter bebido água, que é o tempo necessário para encher novamente a bexiga... A liberação após fazer suas necessidades funcionará como prêmio.

10. Quando você perceber que ele, sozinho, procura o jornal para fazer suas necessidades, você poderá deixá-lo completamente solto.




Como lidar com o cão que monta na perna da gente

Embora seja completamente normal um cão tentar montar em nossa perna, isso não quer dizer que não devamos repreende-lo. Essa conduta não é nada agradável, para nós, por isso, é importante inibí-la para evitar que vire hábito.
Fique preparado. Assim que o cão iniciar a monta empurre-o com o joelho e diga ”não”, em tom grave e forte. A intenção é impedir que ele consiga montar, e ao mesmo tempo, provocar um pequeno desconforto, para aos poucos o comportamento ser evitado. Procure adaptar a bronca á sensibilidade do cão, de maneira que com três broncas consecutivas fique evidente a mudança de comportamento dele. Se isso não ocorrer, é provável que a bronca seja delicada demais e que o cão esteja interpretando como uma conquista de atenção por parte dele, podendo até se sentir motivado a pular mais ainda.

Como fazer o cão gostar de ir ao veterinário
A melhor maneira de manter o cão tranquilo dentro de uma clinica veterinária é acostumá-lo ao veterinário e a ser manejado durante as consultas.
Na primeira visita dele a clinica, habitue-o ao novo ambiente e ao veterinário. Para que permaneça calmo, deixe-o com os brinquedos preferidos e proporcione momentos agradáveis oferecendo carinhos e petiscos. Peça ao veterinário para participar.
Quanto aos procedimentos médicos, o melhor é simulá-lo antecipadamente, de maneira gradativa. A simulação deve ser a mais parecida possível ao que acontece na realidade. Se o objetivo for vacinar o cão, por exemplo, contenha-o firmemente e simule uma picadinha de agulha com uma chave ou com uma caneta.
A cada simulação, procure recompensar o cão com algo agradável, como petiscos e elogios. Alguns cães treinados dessa maneira chegam a lamber os beiços ao verem uma seringa.
Outra prática útil para ajudar o cão a se adaptar as consultas é acostumá-lo no dia-dia, a determinadas situações. Ter o hábito de ser massageado evita sustos ao ser apalpado pelo veterinário. Brincar em casa sobre superfícies lisas ajuda a não estranhar a mesa metálica da clínica.


Você precisa saber
Pequenos detalhes podem fazer uma grande diferença na qualidade do adestramento do seu cão, são elas:
O cão nunca deve apanhar
Se no caso da educação das crianças, ainda existem psicólogos a favor de umas palmadas, no caso de um cachorro as palmadas são totalmente fora de cogitação. Se o cão apanhar para corrigir um erro dele, estará inevitavelmente acabando com o caráter e a personalidade do animal. Ele nunca deve apanhar em hipótese alguma.

O incentivo é a chave do sucesso
Para aprender qualquer coisa, o cachorro trabalha com associações. Isso quer dizer, que se toda vez que fizer algo corretamente, o seu dono acariciá-lo imediatamente, incentivando-o a repetir essa atitude, ele sentirá estimulado a acertar sempre. Caso ele não receba esse incentivo e só receba broncas ao fazer algo errado, as consequências podem ser: ou ele vai fazer mais coisas erradas para ganhar atenção de seu dono, mesmo que seja através de broncas; ou ele até vai aprender a fazer as coisas certas, mais vai levar um tempo muito maior do que um animal estimulado com palavras e gestos de carinho.


O cão não entende o “depois”
Toda associação que ele faz, refere-se ao “agora”. Você tem 3 segundos para repreendê-lo. Depois disso já é “depois”e ele não entenderá nada. Tanto elogios como repreensões devem ser dadas imediatamente após o fato; depois, o cachorro não terá a menor idéia do porquê está sendo acariciado ou repreendido. Ele só entende quando é pego em flagrante!

Não repita uma ordem incessantemente
De nada adianta você ficar repetindo uma ordem sem parar, na esperança de que o cão obedeça. Você precisa fazê-lo entender que uma única vez é suficiente e ele deve obedecer. Isso quer dizer que se ele já sabe sentar, você deve tratá-lo como se fosse a primeira aula de SENTA, até ele sentar. Agora, se você ficar repetindo várias vezes ele vai entender que não precisa obedecer á primeira ordem e sim quando ele quiser.

Chame-o pelo nome
Antes de dar qualquer ordem ao seu cão, chame-o pelo nome, para prender a sua atenção e para que ele saiba que você está se referindo a ele. Esse chamado também deve seguir um mesmo tom de voz, sempre.

A mão que comanda também acaricia
Acredita-se que a mesma mão que comanda também deve acariciar, o animal entenderá que deve obedecer pelo respeito ao seu condutor e não por medo. Assim, quando a mão ordenar, ele obedecerá, e quando acariciar ele se submete a ela recebendo uma recompensa por tê-la obedecido.

A educação começa assim que ele chega em casa
Embora ele possa parecer muito pequeno para entender o que você diz, saiba que tudo o que ele ouvir agora será usado ao seu favor quando ele crescer e começar a aprender as técnicas de adestramento. Palavras-chaves, como não e muito bem, serão assimiladas aos poucos, mas é importante que sejam pronunciadas desde o dia em que ele chegar à sua casa. Caso seu cachorro já tenha chegado a algum tempo, talvez há anos e você não tenha iniciado nenhum trabalho de limitação com ele, não desista; ele pode começar a aprender agora. Desde já, toda vez que ele fizer algo errado, corrija-o com um NÃO e estimule-o com carinho. Talvez ele leve mais tempo para aprender, pois já adquiriu maus hábitos, mas se você tiver paciência e for dedicado, ele aprenderá!

O mais importante dos comandos, “não!”
O elo de ligação entre vocês será criado com muita brincadeira e o significado do NÃO mesmo que, ainda que não se trate de adestramento, será de suma importância para você adquirir o total controle da situação.
Essa palavra será assimilada pelo cão como uma forma de mostrar que você não está satisfeito com o comportamento dele.
Deverá ser dita toda vez e imediatamente que ele fizer algo errado, seguida de movimento de afastamento. Geralmente, essas situações são sempre as mesmas:
*mordiscar você ou qualquer outra pessoa;
*pular nas pessoas;
*fazer as necessidades fora do lugar;
*avançar na comida antes que você a ofereça, etc;
*quanto a roer o pé da mesa, sapatos, tapetes e roupas, saiba que esse comportamento se deve ao fato da coceira que ele sente nas gengivas por causa dos dentes que estão nascendo. Para evitar esse tipo de problema, providencie ossos de couro ou quaisquer outros formatos de produtos em couro próprios para cães.
Nunca esqueça de elogiá-lo assim que ele parar de fazer algo errado e fizer o certo. É muito importante que ele associe o ganho de sua atenção e de seu carinho ao se comportar corretamente.




OS COMANDOS

Agora que você já entende seu cão e o funcionamento do adestramento, vamos partir para os comando. Se as regras de adestramento forem aplicadas do modo certo, os comandos serão muito facilmente assimilados pelo cão, lembrando que todo aprendizado precisa de repetições. Vale a pena lembrar que o cão deve gostar do adestramento, pois tudo o que se faz gostando, se faz bem. Quando o cão executar o comando pela metade ou incompleto, não recompense. Faça-o repetir. Senão, se você recompensar mesmo quando ele fez errado, ele não saberá qual é o correto.

1º SENTA!

Segure uma recompensa ( petisco, bolinha, o que ele mais gostar) acima de sua cabeça, e permaneça nessa posição até ele sentar ( não diga ainda o comando senta, apenas mostre a ele como fazer), quando ele fizer recompense-o e o elogie muito, mesmo que não esteja perfeitamente sentado.

Introduza o comando: Depois que o cão já estiver sentando toda vez que você segurar a recompensa acima de sua cabeça, comece a usar o comando “senta”. Assim, ele vai começar associar o comando com a atitude de sentar e de ser recompensado pelo ato. Obs; isso servirá para todos os comandos subseqüentes.

Repetições : Repita esse processo várias vezes, até que o cão assimile o comando ao ato. Depois que ele fizer isso, suspenda o uso de recompensas, e só dê o comando. É importante que o cão esteja sempre executando o comando, para que não esqueça. Obs; isso servirá para todos os comandos subseqüentes.

Utilidades: Usado para alimentar o cão, colocar a coleira, parar no meio do passeio para falar com alguém, etc.



2º DEITA!


Se o cão aprendeu a sentar, terá mais facilidades no aprendizado do deita. Só deve ser ensinado depois que o cão já estiver executando perfeitamente o “senta”, para que ele não fique confuso.

Induza o cão a deitar: Primeiro, faça o cão sentar, depois, com ele sentado, segure a recompensa na frente do focinho do cão e vá abaixando sua mão até que ela encoste no chão. O comportamento esperado do cão é acompanhar sua mão até deitar. Nesse momento recompense-o e o elogie.

Utilidades: O comando é bom para que você mantenha sua posição de líder da matilha. Ele também ajuda na disciplina do seu cão, pois você pode mandar ele deitar quando quiser que ele não incomode uma visita, por exemplo.


3º FICA!


Nesse comando é bom usar também o gesto de “Pare”. Uma coisa importante nesse comando é você liberar o cão quando achar que deve, falando “vai” ou “passear”. Se você não fizer isso, ele certamente não virará uma estátua, e sairá sem sua permissão. Dessa forma você perderá o controle dele, pois ele sairá quando bem entender, e não quando houver sua ordem. Seja bem exigente em relação a isso.

Induza o cão a ficar: Primeiro, em um lugar bem calmo, faça o cão sentar, e logo em seguida deitar ( claro, serão comando que você já ensinou ao seu cão!!), depois diga “fica” fazendo o gesto de “ pare” com uma das mãos. Espere um tempinho. Se ele continuar paradinho, volte até ele calmamente e de-lhe um petisco. Depois repita o processo, mas dê um passo a mais para trás, aumentando a distância entre você e o cão, até chegar a uma distância que ache interessante.

Utilidades: Para aqueles que confiam mais em seu cão, pode-se mandá-lo ficar do lado de fora de alguma loja, padaria onde você vai dar uma entrada rapidinha, é bastante útil. Para alguns cães isso é muito difícil, mas há casos de cães que esperam por seus donos do lado de fora de Shoppings por mais de horas.




NUNCA SE ESQUEÇA DISSO!

O cão é um animal inexato
Embora ele possa ser adestrado e obediente, lembre-se sempre de que se trata de um animal inexato e com instintos selvagens e irracionais. Isso quer dizer que ele pode se assustar e reagir, pode se excitar com situações inesperadas e avançar em alguém, enfim, pode ter comportamentos não previstos por você, mesmo que seja de uma obediência exemplar. Ele é antes de mais nada um animal irracional. Por isso, é importante que ele sempre saia à rua com o enforcador e com a guia. Evitar acidentes sempre deve ser sua primeira preocupação já que, se isso acontecer, poderá ter problemas bem desagradáveis para resolver (crime de lesão corporal previsto em lei), principalmente se for um cão de grande porte. Não esqueça também de vistoriar sempre se o enforcador e a guia se estão em bom estado, para não correr o risco de estourar.

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